quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O que eu espero do amor?

Que seja primavera quando lá fora for tempestade.
Que seja descanso quando o corpo sentir cansaço.
Que seja abraço apertado pra começar e terminar o dia.
Que seja beijo profundo, quando o coração precisar suspirar.
Que seja música e violão, quando a alma precisar ser tocada.
Que seja um mimo que surge "do nada", quando o amor precisar ser regado.
Que seja fogo quando o corpo quer incendiar.
Que seja parceria animada para os momentos mais felizes.
Que seja porto seguro para todos os momentos.
Que seja forte,
Que seja leve,
Que seja nós,
Que seja pra sempre!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Enquanto eu respirar, vou me lembrar de você...

Hoje eu tenho 26 anos e há 16 anos o dia dos pais deixou de ser motivo de festa para ser um dia de lembranças. É estranho, mas dias antes dessa data eu andei pelas ruas olhando presentes e pensando o que eu compraria, o que o meu pai gostaria de ganhar... consigo imaginar e até ouvir o que ele falaria quando recebesse meu presente, sempre reclamando sobre o quanto eu tinha gastado e terminando a “reclamação” com um abraço e um sorriso.
O meu pai era um homem do campo, daqueles que nunca ficava na cama depois das 5h da manhã. As 7h da manhã ele já estava de volta do “primeiro turno” do trabalho. Sentava na mesa para o café e enquanto a minha mãe me mandava tomar banho antes de ir pro colégio ele, que estava sentado na mesa, me colocava no colo e me agarrava dizendo pra minha mãe que eu não ia tomar banho pq tinha acordado muito cheirosa. E ali, no colo dele, eu escapava do banho e qualquer outra bronca que a mãe insistia em me dar.
Terminava o café e ele saía pra trabalhar de novo, mas antes me repetia a frase de sempre: “Presta bem atenção na aula, estuda muito pra ser a minha doutora”.
Depois disso eu só encontrava meu pai no fim da tarde, quando ele chegava em casa e me colocava no colo dele na rede ou na cadeira de balanço. Interessante que por mais que ele me mandasse estudar ele nunca me perguntava como tinha sido a aula, ou se eu tinha temas para fazer. Quando o meu pai chegava em casa ele só me perguntava do que eu tinha brincado, com quem eu brinquei, o quanto eu me diverti, e se alguém tinha me incomodado, pq se alguém me incomodasse ele “ia dar um jeito nisso”. Hahahaha
Eu tinha um super herói, e por isso eu me sentia super protegida. Não importa o que acontecesse, o meu pai sempre ia dar um jeito, ele sempre ia me proteger.
Nós éramos cúmplices e confidentes. Comigo ele podia comer tudo que todos proibiam ele... e esse era o “nosso segredo”. As tantas coisas que eu fazia escondido da minha mãe, ele sempre ficava sabendo, e ainda ria dizendo o quanto eu era esperta. Lembro bem do dia em que contei pra ele que todos os dias eu tomava banho pelada na cachoeira, pra não molhar a roupa e a mãe não descobrir... Ele riu muito e me disse “ela nunca vai desconfiar disso, pode continuar. Onde já se viu proibir meu peixinho de nadar?”
Sempre que eu ficava doente, ou com uma dorzinha qualquer, o meu pai deitava comigo num quarto escuro, me pedia pra respirar fundo fechar os olhinhos e só pensar em coisas boas...
As pessoas que conviveram com a gente tem um pouco de noção do quanto nós éramos ligados, do quanto pertencíamos um ao outro, e do quanto eu sofri quando ele se foi. Mas só eu e ele sabemos de fato o quanto o nosso laço era forte, só eu sei o quanto doeu não acordar todos os dias com ele chamando, o quanto doeu não ter ele pra me colocar na cama, não ter pra quem contar tudo de legal que eu tinha feito no meu dia. Doeu de um jeito que parecia que não ia passar nunca. Mas passou... A dor foi se desfazendo e deixando só a saudade tomar conta... E com a saudade eu aprendi a conviver.
É uma saudade boa pq me faz lembrar que eu tive o melhor pai que eu poderia ter. É uma saudade que me faz sentir orgulho de ser filha daquele homem, de carregar o nome dele, de contar suas histórias, as nossas histórias. É uma saudade que me faz sorrir com cada lembrança. Uma saudade que é amenizada naqueles sonhos que me fazem ter certeza que ele nunca me deixou, que ele acompanha tudo que eu faço, e que de alguma forma ele ainda cuida de mim.
Mas essa saudade às vezes vira nó na garganta, e num “dia dos pais”, por mais que passe o dia tentando abstrair o significado disso, esse nó na garganta me faz companhia... até que chega a hora de dormir e as lágrimas escapam. Eu choro calada e me culpo pq eu deveria ser mais forte. Um nó começa a apertar na garganta e no coração, e dói... Como faz pra amenizar essa dor? Segue a receita do pai:
“Respira fundo, fecha os olhinhos e pensa em coisas boas”

E assim eu dormi, pensando em todas as coisas boas que eu vivi com ele!

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Sai do automático e escreve um bilhetinho!

Rotina, trabalho, prazos à cumprir, problemas, imprevistos... a verdade é que a vida não para enquanto a gente ama. Então precisamos dar conta de cumprir as tarefas e amar... Mas aí, entre tantas coisas que se tem para fazer, o desafio é conseguir amar e cuidar do outro sem “ligar o automático”.
Muito da nossa vida funciona no modo automático. Basta fechar os olhos e recordar tudo que você faz durante o dia e perceber que muitas dessas coisas são tão rotineiras que você nem precisa mais pensar, sentir ou questionar o que está fazendo, apenas faz! Consegue se dar bem fazendo isso e a roda se mantém girando, sem nenhum prejuízo. Somos acostumados (muitas vezes forçados) a agir no automático para conseguir dar conta de tudo que precisamos fazer. E seguindo essa lógica, acabamos fatalmente por amar no modo automático.
Amar no modo automático é a forma mais fácil de manter um relacionamento. O casal se preocupa em cumprir o necessário para que se sintam bem... Amar no modo automático inclui falar “eu te amo” acompanhado de um selinho, em momentos necessários, é claro. Amar no modo automático também inclui certo cuidado, aquele cuidado automático e básico. Amar no modo automático inclui andar de mãos dadas e ir em almoços familiares como casal exemplar que ninguém vê brigando, também inclui postagem de fotos nas redes sociais no fim de semana, com uma legenda do tipo “amor da minha vida” e um comentário do tipo “eu te amo”. Viu só? Amar no modo automático não é uma coisa ruim, por isso acontece tanto. Ter um amor assim é cômodo, é literalmente “não ter incomodação”.
Até que os passeios à dois não tem graça, é sempre preciso ter mais alguém junto. Os beijos de língua se tornam cada vez mais raros. Aquele tesão já nem sabemos mais onde foi parar, até porque precisamos dormir pra render no trabalho. Tudo vira rotina... e é ai que o colega de trabalho parece sempre ser mais interessante que o “amor” que você tem em casa, as lembranças daquela tarde divertida com a ex começam a ficar mais fortes. E nesse momento você se preocupa, porque afinal está tudo bem no seu relacionamento, e você ama aquela pessoa... não ama? É preciso ficar sozinho por um tempo para tentar lembrar das coisas que fizeram  você amar a pessoa que está com você, é preciso lembrar o quanto ela é especial, o quanto ela é diferente de tudo que você já viveu... Mas pera aí... precisa lembrar? Você não fala pra ela TODOS OS DIAS que a ama?
Sim, você fala, mas fala no automático! O “eu te amo” sai quase por obrigação e sem nenhum sentimento. Por falar em sentimento, quanto tempo faz que vocês não desligam a TV para se olhar nos olhos? E aquele jantarzinho à dois, só vocês, falando coisas sobre vocês... quanto tempo faz? Você lembra da última vez que olhou para o seu amor com calma, sem pressa e falou o quanto você é feliz por estar com ela? E as mensagens no meio do dia falando que está louca pra chegar em casa e receber o melhor abraço do mundo? E aquele plano de fazerem juntos aquele programa que nem custa tão caro mas que um dia você prometeu fazer com ela? E os bilhetinhos? (confesso que tenho uma queda particular por bilhetinhos) Eu arrisco dizer que não há nada mais ridículo – e mais fofo – do que bilhetinhos de amor! Quanto tempo faz que você não deixa um bilhetinho no espelho ou na geladeira?
Quer salvar o seu relacionamento? Quer viver um amor de verdade? Então amigo... sai do automático e AMA! Ama com vontade, com tesão, com paixão, ama com intensidade! Você também trabalhava quando queria conquistar essa mulher, e mesmo assim parava suas atividades por alguns minutos só pra responder a mensagem dela. Então volta a fazer isso, surpreende e fala que a ama naquele momento que ela menos esperar, manda um whats no meio da tarde só pra dizer que tá pensando no quanto ela é linda... conquista ela todos os dias, e permita ser conquistado, não deixa de cuidar só porque você já tem, não se acomoda!!! Amar de verdade é pra quem está disposto a surpreender sempre, isso implica dedicação, e pra isso é preciso mesmo ter muito amor! Mas eu sei que você tem...
Só pra finalizar, a minha dica de ouro é: “bilhetinho”! É uma dica mas também um teste. Vamos lá... pega um papel agora, escreve algo bobo pra ela... mas algo legal e que você realmente sinta. Deixa esse bilhetinho em algum lugar onde ela possa achar “do nada”... Imagina o sorrisinho dela quando ler o que você escreveu. Imaginou? Bom, se você conseguiu sorrir só e imaginar ela sorrindo, pode tirar todas as dúvidas da tua cabeça e casar com essa moça, vocês se amam!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Seis meses, meio ano... PARA SEMPRE!

O quanto é possível mudar em seis meses? O quanto é possível ser feliz em seis meses? Se querem saber a minha resposta, pela experiência dos últimos seis meses eu digo que: MUITO, é possível mudar muito e ser muito feliz com todas essas mudanças!

Em seis meses eu...

- Dei o primeiro beijo na pessoa que seria o amor da minha vida;
- Descobri que, de fato, aquela pessoa era o amor da minha vida;
- Comecei a namorar;
- Entrei na vida dela, inseri ela na minha;
- Decidi sair do armário e assumir publicamente o relacionamento com a MULHER da minha vida;
- Cortei as férias pela metade, abri mão do carnaval e antecipei um vôo porque descobri que saudade dói mais que dor de dente, é insuportável;
- Mudei meu status de “quero morar sozinha, quero curtir minha casa” para: “fica aqui comigo, não consigo dormir sem vc”;
- O tão sonhado “MEU” apartamento, já é “NOSSO” apartamento, e isso me dá uma felicidade sem tamanho;
- Ah... a minha gata agora tem duas mães (e desconfio que gosta mais da outra do que de mim);
- O desejo de conseguir uma bolsa de estudos na França cedeu lugar ao meu desejo de conseguir passar em um concurso no lugar mais próximo possível de onde estou;
- Deixei de ser uma frequentadora assídua dos bares do bairro, e agora sou bebedora de Skol beats, de preferência na cama;
- O sentimento de solidão dos fins de semana foram substituídos com almoço em família, finalmente... uma família!
- Meus textos depressivos perderam lugar para as declarações de amor;
- Os post-it se mostraram muito mais úteis com bilhetinhos fofinhos do que com lembretes de trabalhos que tenho que fazer;
- Tem duas escovas de dente no meu banheiro;
- Minhas roupas também mudaram, eu penso e repenso cada vez que pego qualquer roupa com florzinhas;
- Eu tenho usado maquiagem no olho, até durante o dia;
- Agora, pasmem: eu assisto TV!
- Pasmem mais ainda: tem uma TV no quarto!
- Enquanto meus amigos planejam a balada, nas sextas-feiras à noite tudo que mais desejo é sair da aula e ver a minha namorada me esperando, pra fazer qualquer coisa ou pra fazer nada, porque fazer nada com ela também é uma delícia;
- As tantas dúvidas que eu tinha sobre a vida foram aos poucos sendo curadas por certezas, porque mesmo sabendo que muito da minha vida ainda está “em aberto”, eu já tenho um porto seguro;
- O vazio que às vezes tomava conta de mim foi inundado com a completude que o amor me trouxe;
- A insegurança que sempre foi minha companheira vai aos poucos sendo abandonada;
- A vontade de ser uma pessoa melhor aumenta todos os dias;
- Sabe a felicidade? Tá morando aqui em casa! Na verdade ela não desgruda de mim!
- Eu sei exatamente com quem eu quero dormir e acordar pelo resto da minha vida, e tenho toda certeza do mundo que é isso que me faz feliz!

Foram muito mais mudanças do que as que consegui listar, mas todas vieram para me tornar uma pessoa melhor e mais feliz. Eu não perdi minha identidade, não abandonei coisas importantes da minha vida, eu só acrescentei... Porque a mulher da minha vida surgiu pra somar!

Em seis meses, entre tantas indefinições, eu consegui ter a certeza do amor verdadeiro. Na verdade, não são só seis meses, ou meio ano, é o início do “para sempre”, é a certeza de que agora a minha vida faz muito mais sentido!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Ela, a que sente!

Ela não queria sentir tanto, ser tanto
Deitar pensando nas coisas que sente
Sonhar com isso
Acordar com esse sentimento ainda mais forte
Ela não queria...
Não queria ser tão insegura
E precisar todos os dias de reafirmações
Não queria exigir tanto amor
Carinho
Atenção
Sufoca, ela sabe...
Não queria ser tão coração
A ponto de se incomodar com a racionalidade
Sabe aquela mulher forte e guerreira
Que todos admiram?
Ela é na verdade uma menina
Que chora escondida tudo que sente
Que coloca em cada lágrima o sentimento que a angustia
Isso quase ninguém vê, quase ninguém sabe
Mas todos vêem, quando ela sai do quarto
Com um sorriso meio forçado
E alguma história engraçada
Fazendo todos pensarem que nada aconteceu...
Sim, já está tudo bem!
Tem vida lá fora, e ela vai viver...
Sentindo muito, sentindo demais!

terça-feira, 3 de maio de 2016

Vamos tentar diferente?



Cada vez que te escuto dizer que “foi sempre assim”, eu tenho uma vontade enorme de te mostrar que pode ser diferente. Quero poder te mostrar que não vai ser como das outras vezes, porque agora você me tem, porque agora já não é você... somos NÓS.
Vou me esforçar todos os dias pra te mostrar que o inverno não precisa ser depressivo, mesmo que eu não tenha uma fórmula mágica pra sarar o teu pé que “sempre” dói. Porque se ele insistir em doer eu vou estar do teu lado, com um abraço quentinho, um cafuné, e um beijinho de esquimó até se tiver uma lágrima caindo. Quero que deite no meu braço, mesmo que deixe ele molhado de lágrimas ou de baba, quando você cair no sono. E quando eu não puder estar te aconchegando, quero ser a notificação que vai te arrancar um sorrisinho bobo, ainda que depois do sorriso você faça uma expressão de dor. Quero poder te inundar de pensamentos positivos, te fazer acreditar que não precisa ser “sempre assim”, quero amenizar qualquer dor, qualquer sofrimento, qualquer sentimento ruim.
Você deve estar lendo isso, lembrando de cada falha minha, de todas as vezes que estraguei bons momentos, e pensando que eu não sou capaz de cumprir isso... Mas olha, se você for capaz de acreditar que eu posso ser melhor, eu também acredito. E vou me empenhar em destruir cada tijolo que existe no muro do “sempre foi assim”, no lugar desse muro quero plantar um jardim com as flores mais diferentes que eu encontrar. Esse jardim será o nosso lugar secreto, onde poderemos ir cada vez que fecharmos os olhos, juntas, abraçadas, um lugar onde poderemos fugir de tudo que “sempre foi”, de tudo que “sempre incomodou”, de toda dor...

Eu sei, não é mágico, não vai fazer a dor passar. Mas eu aposto que pode deixar mais leve... afinal, tudo fica mais leve com amor, não é?

segunda-feira, 7 de março de 2016

Poeminha sobre um amor para qualquer estação



Ela odeia roupa de manga curta, eu detesto ter que usar casaco
Ela gosta do inverno, eu amo o verão
Mas o amor decidiu que ficaremos juntas
E desde então,
O calor do nordeste e o frio do sul nunca combinaram tanto!
Ela vai me aquecer em todos os invernos
Eu prometo ser sol na vida dela, todos os dias.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Quando o amor nos acerta


Paixões platônicas, romances utópicos, muitos beijos sonhados e nunca dados, muitos namoros que eu vivi só na minha imaginação. Desde aquele amor pelo ator da novela das nove até a paixão silenciosa que a gente pode sentir pelo coleguinha da terceira série.

Até que a vida real bate na nossa porta e começamos a viver os amores reais, nem sempre tão doces, quase nunca como nos sonhos... e aí tropeçamos, quebramos a cara, tomamos alguns pés na bunda, e chutamos algumas bundas também. E descobrimos sempre de forma dolorosa, que o amor pode doer muito. Aí vem a desilusão, a negação do amor, a vontade de arrancar o coração fora e viver como uma máquina (todo ser humano já deve ter tentando isso). Mas parece ser algo da nossa natureza essa necessidade que temos de nos envolver e de estabelecer relações afetivas que a princípio podem ser só de amizade, mas por vezes se transformam em romances... e descobrimos que não dá pra viver no automático, porque como diz a música: “gente sente tudo, gente tem que se envolver”!

E a cada novo romance estamos mais blindados contra tudo que pode dar errado, já sabemos que podemos sofrer, já sabemos que não podemos vacilar, não podemos dar chance pro azar... muitas vezes apelamos para as milhares de “receitas” e instruções sobre como conduzir uma relação. Tudo perfeitamente calculado para dar certo, qualquer coisa fazemos uma simpatia e não tem erro!

Mas aí, de uma hora pra outra... não deu! Mesmo que você tenha seguido tudo que o mapa astral dizia, mesmo que você tenha lido e relido mil textos sobre “como manter seu relacionamento saudável”. Alguma coisa deu errado e... acabou! Mais decepção, mais sofrimento, mais armadura, mais “isso não é pra mim”...

É nessa onda de desilusão que entregamos os pontos,“amor deve ser coisa para profissionais”. Então a gente desencana, e desiste de tentar acertar no amor, ficamos em paz com a nossa própria companhia e só aí estamos prontas pra perceber que realmente ninguém nunca vai acertar no amor, porque na verdade, é o amor que acerta a gente!
E quando o amor nos acerta ele geralmente surpreende, porque vem num momento inesperado, e muitas vezes através de pessoas inesperadas. O amor é tão esperto que age de forma silenciosa no início, pra gente não se assustar, pra não dar tempo da gente fugir. Quando ele nos acerta a gente só percebe quando já não há mais o que fazer, quando as almas já se amam e os olhos já não são capazes de se cruzar sem sorrir, quando uma notificação da pessoa no teu celular te arranca um suspiro.
Quando percebemos que o amor está em cena, já nem temos tempo de ler textos de auto-ajuda, e olhamos a combinação astral só pra confirmar tudo que já está acontecendo. E aí a gente se surpreende porque fizemos tudo certinho, sem nem saber o que estávamos fazendo!

Amor é o que acontece quando a gente desiste de acertar. E aí um dia, quando você estiver mais preocupada em ser feliz do que em encontrar um amor, ele começa a acontecer. Quando o amor acontecer você não precisará de receitas nem de instruções, muito menos de gestos e atitudes calculadas, porque quando você perceber já conquistou o amor da sua vida apenas sendo quem é, e agindo naturalmente, o amor da sua vida já também já te conquistou pelo mesmo motivo, e vocês nem se deram conta do que estava acontecendo, até porque antes disso vocês nem desconfiavam que nasceram um para o outro.

Aquela pessoa que você antes chamava pelo nome passa a ser chamada de “amor”, e vocês jamais saberão quando isso começou... então você se despe da armadura que vestia, derruba todos os muros de proteção que passou a vida construindo, porque agora nada disso é necessário... Você finalmente descobre o que é o amor! O amor aconteceu e se parece muito com aquilo que você acreditava ser o amor na infância, é quase idêntico aos romances que você idealizava antes mesmo do primeiro beijo. Te faz suspirar, sonhar e acreditar no pra sempre. Você se dá conta de que tudo que você antes chamava de amor não corresponde ao que você sente agora. É tudo mais intenso, mais puro, mais leve, mais bonito, mais feliz e mais seguro.

O amor acontece para os desencanados, acontece para duas pessoas distraídas que estão dispostas a compartilhar momentos felizes sem saber que estão se conquistando... definitivamente, o amor não é uma coisa para profissionais, o amor é apenas para os amadores.